sexta-feira, 6 de maio de 2011

 
Mudança no Código Florestal
A mudança do código florestal brasileiro vem gerando muita polêmica, o relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi o nomeado pela bancada ruralista para desenvolver o novo código com base nas necessidades dos agricultores do país, como não havia nomes com credibilidade para tal missão a escolha por Rebelo foi para deixar a sensação de neutralidade, porém percebemos que Rebelo já estava "comprado" pelo setor agrícola, não só pelas poupudas doações que recebeu em sua campanha por produtores de laranja, cana de açucar, café e até da Bunge fertilizantes, mas também por suas pretensões políticas posteriores.O nobre deputado faz parte agora dos inúmeros colegas da câmara que defendem seus próprios interesses, esqueceu a bandeira comunista, a ideologia, apenas a utiliza para seus lobbys políticos.
Num período em que o Brasil e o mundo está procurando diminuir as emissões de CO2, tentando diminuir a pressão sobre as florestas e sobre os recursos naturais, os ruralistas, baseado em pressões e politicagem sem preceito científico e organização tentam empurrar goela abaixo o novo código florestal que deve, se aprovado, gerar problemas imensuráveis, para, principalmente os próprios agricultores.
José Galizia Tundisi, membro titular da Academia Brasileira de Ciências atenta sobre os problemas que enfretaremos caso o código seja aprovado, ele acredita que o assunto ainda deve ser mais estudado e amadurecido. 
"Nós ainda temos muitos assuntos para esclarecer. Um deles é a necessidade de se discutir mais a importância das florestas para a quantidade e a qualidade da água. O fato de que a agricultura possa sofrer uma expansão à custa do desmatamento vai prejudicar o suprimento de água no país e contribuir para prejudicar a própria agricultura. Isso é um contrassenso." 
Para o cientista, é preciso melhorar a produtividade, em vez de simplesmente aumentar as áreas de plantio. "Não se pode aumentar as áreas agrícolas à custa do desmatamento. Porque isso vai prejudicar a biodiversidade e inviabilizar a produção de alimentos. Vai faltar água para a agricultura." 

O projeto já gera problemas, e olha que nem sequer foi votado, no sul do Amazonas, grileiros e pecuaristas do Pará e Rondônia estão promovendo uma devastação sem precedentes, diz o Ibama.
"Estão desmatando tudo, achando que vão ser anistiados", disse Jerfferson Lobato, da divisão de Controle e Fiscalização do órgão.
Entre os meses de março e abril, o desmatamento no sul do Amazonas aumentou em 326% se comparado ao mesmo período de 2010. As multas chegam a R$ 7,2 milhões.
A reforma no Código Florestal prevê, por enquanto, anistia a crimes ambientais cometidos até 22 de julho de 2008. 

Conheça mais sobre as alterações:

Um comentário:

Valmir Trentini disse...

Ótimo o texto sobre o código florestal.

Vlw.